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Legislação

Brasil – Câmara dos Deputados do Brasil agora debate novo projeto de lei sobre jogos

By - 17 de dezembro de 2016

Começou um debate sobre a nova lei de jogos do Brasil, com deputados da Câmara dos Deputados argumentando ferozmente a favor e contra o novo projeto.

O deputado e opositor de longa data dos jogos de azar, Luiz Carlos Hauly, disse que a legalização dos jogos de azar pode agravar a crise econômica e causar convulsões sociais, éticas e morais no Brasil.

Ele também descreveu o novo projeto de lei agora em discussão como “nefasto”. Falando durante o último debate sobre jogos, que ocorreu em sessões plenárias na Câmara dos Deputados do Brasil na terça-feira, o deputado Hauly disse que qualquer legislação que permitisse jogos no Brasil exigiria uma infraestrutura forte para garantir que novas regras fossem aplicada – algo que atualmente falta no Brasil. Como resultado, a legalização não aumentaria a arrecadação de impostos pelo estado.

A oposição do legislador não é nenhuma surpresa, já que Hauly tem sido um crítico ferrenho dos jogos há muitos anos. Em fevereiro de 2011, ele anunciou a criação do Projeto de Lei 57, que teria proibido “a realização de apostas em eventos esportivos de natureza via internet”, em linhas semelhantes às restrições semelhantes às promulgadas nos Estados Unidos sob a Lei de Jogos Ilícitos dos Estados Unidos. Internet Enforcement Act de 1996. Embora a nova lei do jogo pareça ter alcançado um elevado nível de consenso, no início deste ano Hauly disse que votaria contra ela, argumentando que “o jogo compulsivo é tão prejudicial para os humanos como as drogas e o álcool”.

A rejeição do deputado Hauly ao projeto também foi apoiada pelo deputado Gilberto Nascimento que disse ser contra todos os jogos, mesmo os jogos promovidos pela Caixa Econômica Federal e que o país deveria tentar atrair outros tipos de investimentos além dos jogos. O deputado Roberto de Lucena disse ainda que é contrário ao novo projeto de lei e que a maioria da população também foi contra a legalização dos jogos de azar no Brasil.

No entanto, o deputado João Carlos Bacelar Batista saiu em defesa da nova lei e disse que já era tempo de o governo aprovar uma nova legislação de jogos, uma vez que a questão está pendente há 25 anos.

“Este não é o momento de dizer que não vamos discutir o assunto ou que precisamos discutir mais. Isso já passou. Precisamos decidir agora. Houve um atraso monumental na tomada de uma decisão sobre isso.”

Bacelar disse ainda que a aprovação proporcionará um impulso vital à economia do país. “O jogo é necessário para o Brasil, vai gerar riqueza. A decisão não pode ser baseada nas convicções morais de ninguém. Nenhum grupo tem o direito de impor seus valores ao outro grupo”, disse ele.

O deputado Herculano Passos, presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados do Brasil, também defendeu o novo projeto de lei dizendo que os jogos já eram difundidos no Brasil, especialmente através das salas de bingo.
Em agosto, uma comissão especial aprovou o projeto substitutivo do jogo do deputado Guilherme Mussi. O texto define os tipos de jogos que podem ser jogados no Brasil, os critérios de concessão de licenças e as regras de distribuição de prêmios, bem como a forma como os jogos serão tributados no futuro. Agora que o projeto de lei passou pela fase de comissão, ele precisa ir ao plenário para aprovação. A versão final marca o culminar de mais de dez meses de trabalho. Ao todo, foram elaboradas cinco versões diferentes da nova lei antes de a comissão finalmente aprovar o projecto final e enviá-lo para debate em sessão plenária.

Crucialmente, o projecto da nova lei contém uma série de medidas destinadas a combater uma das questões mais controversas do projecto de lei, tal como foi discutido na fase da comissão, nomeadamente o branqueamento de capitais e a corrupção. Como resultado, todas as operações de jogo serão, por lei, ligadas online e em tempo real a um servidor controlado pelo governo. Além disso, para garantir a conformidade, todos os equipamentos deverão ser certificados por um laboratório de testes de jogos reconhecido internacionalmente. A última versão da nova lei também afirma que os casinos só podem ser estabelecidos em estabelecimentos hoteleiros integrados, como resorts de grande escala.

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