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Notícias da Operadora

Brasil – Projeto de lei de jogos de azar do Brasil enfrentará batalha difícil no Senado

By - 4 de março de 2022

O Senado do Brasil começará a debater o projeto de lei de jogos de azar PL 2648/2019, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada.

Vários senadores já se manifestaram contra a iniciativa, afirmando que a liberalização do mercado acarretará danos sociais. O vice-líder do governo, senador Carlos Viana, foi um dos críticos segundo a Agência de Notícias do Senado Brasileiro. 

“A experiência internacional mostra que os grandes casinos são usados ​​para lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e prostituição. A fiscalização deste setor é muito difícil. Além disso, o vício em jogos e apostas faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID)”, disse o senador Carlos Viana nas redes sociais. (O CID é uma ferramenta de diagnóstico utilizada globalmente para epidemiologia, gestão de saúde e fins clínicos.)

Embora Viana tenha reconhecido que a legalização dos jogos tem potencial para trazer receitas ao país, afirmou que as receitas não compensariam o aumento das despesas com a saúde pública e o consequente combate ao crime organizado. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros disse que o presidente Jair Bolsonaro pretende vetar o projeto caso o Senado o aprove.

O senador Luiz do Carmo também se manifestou contrário ao projeto e pediu aos colegas que “refletissem sobre as consequências” da legalização.

“[O projeto] é um incentivo à degradação moral dos brasileiros. Os ganhos econômicos que o lançamento dos games traria teoricamente provocariam, como reação, mais gastos com a recuperação das famílias que sofrerão com os infortúnios proporcionados pelo vício em games. Acredito firmemente que a legalização do jogo aumentará o endividamento e perturbará as famílias”, disse ele.

O senador Eduardo Girão disse que a Câmara dos Deputados tomou uma decisão “precipitada” e que o Senado precisava revertê-la. Enquanto isso, o senador Jorge Kajuru disse que o tema é “polêmico” e requer “ampla discussão”.

No entanto, o projeto de lei não está isento de apoiadores. O senador Angelo Coronel defendeu a legalização dos jogos, citando, além dos ganhos de receita, a geração de empregos e oportunidades para promover o desenvolvimento regional e o turismo. Coronel argumentou que “os jogos de azar já estão presentes no dia a dia dos brasileiros. Argumentos ultrapassados ​​nos colocam do lado de apenas dois países do G20 que ainda proíbem os jogos por motivos religiosos e longe da maioria dos países, inclusive dos nossos irmãos do Mercosul, que já entendem que os jogos de azar são uma atividade econômica importante e não podem ser proibidos apenas por questões alfandegárias. .”

Angelo Coronel é o relator da proposta do Senado para a liberalização da indústria por meio do Projeto de Lei PL 2.648/2019. O texto autoriza o funcionamento de cassinos dentro de resorts. O senador afirma ainda que o volume financeiro gerado pelos jogos de azar proibidos hoje é superior ao dinheiro arrecadado pela Caixa Econômica Federal por meio de suas loterias. Segundo o senador, a legalização da indústria poderá gerar quase 2% do PIB. Ao mesmo tempo, reconheceu que deve ser dada atenção às preocupações de outros senadores no que diz respeito ao impacto social que uma liberalização mais ampla do mercado teria.

“É importante mitigar os riscos de branqueamento de capitais, recorrendo às estruturas que já funcionam. . . Em outra área, é necessário indicar mecanismos de assistência aos viciados em jogos, que já existem hoje. . . . Estas são algumas preocupações legítimas que compartilho e acredito que podem ser abordadas”, disse ele.

A Câmara aprovou na última quinta-feira o PL 442/1991 (24 de Fevereiro) por 246 votos a favor e 202 contra. O projeto permite cassinos, salas de bingo, a popular loteria de rua conhecida como “o jogo do bicho” e jogos online.

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