Legislação
Brasil – Associações de jogos criticam projeto de lei online
By James - 18 de dezembro de 2023Associações representativas do setor de apostas esportivas criticaram a exclusão do casino online jogos do projeto de lei de apostas esportivas brasileiro aprovado pelos senadores na semana passada. Com 37 votos a favor e 27 contra, os senadores incluíram emenda do Carlos Portinho excluindo jogos de cassino online da conta.
André Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) Disse:
“Foi muito ruim. Basicamente, eles vão regular 30% do mercado, que só tem apostas esportivas. Hoje, 70% das operadoras operam com jogos online. A grande maioria oferece ambos.”
André Gelfi afirmou que, caso a emenda do senador seja aprovada, a maior parte das operadoras que atualmente atuam no país a partir do exterior não terão interesse em obter licença.
“Teremos 75% a 80% do mercado desregulamentado, com descontrole, jogo ilimitado, entre outros problemas. É uma decisão muito ruim para a organização do mercado de iGaming como um todo”, afirmou.
Segundo Wesley Cardia, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). “Não votar a favor da regulamentação está ajudando a manter o jogo ilegal.”
Além disso, a ANJL emitiu um comunicado oficial sobre a votação no plenário do Senado dizendo que o governo perderia receitas fiscais significativas.
“Além disso, a falta de regulamentação permite que sites ilegais continuem a operar fora das regras estabelecidas pelo Ministério das Finanças. Prejudica a fiscalização e mantém a insegurança dos apostadores, deixando-os à mercê de práticas de jogo irresponsáveis e abusivas. . . . A ANJL espera que a Câmara dos Deputados corrija essa omissão do Senado Federal, trazendo também os jogos online para o âmbito da legalidade e da boa regulamentação.”
O plenário do Senado aprovou o texto-base do projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas (PL 3.626/2023), do Poder Executivo. Como o projeto foi modificado no Senado, o texto retornará à Câmara dos Deputados para análise. O projeto ainda precisa ser aprovado na Câmara antes de ser sancionado. A proposta impõe imposto de 12% sobre receitas para empresas de apostas online e 15% sobre os ganhos pagos aos jogadores. O projeto de lei do Senado aumentou a duração das licenças de três para cinco anos e permite que cada empresa licenciada tenha permissão para administrar três em vez de apenas uma plataforma de apostas online. As taxas de licença permaneceram inalteradas em R$ 30 milhões.